quinta-feira, 8 de novembro de 2012

MEMÓRIA DA REUNIÃO DE OUTUBRO!


 ENCONTRO DE OUTUBRO!








No dia dezessete de outubro de dois mil e doze, foi realizado o encontro do Fórum Permanente Intersetorial de Saúde Mental da Região de Ourinhos no município de Santa Cruz do Rio Pardo, com a presença de mais de 30 pessoas e de representantes de oito dos doze municípios da região do CGR de Ourinhos.
O tema abordado foi: medicalização para a vida, ministrado pela Dra. Elizabeth Gelli. Participaram assistentes sociais, psicólogos, conselheiros tutelares, farmacêuticos, além de outros profissionais de diferentes setores.
Antes de a Professora convidada iniciar a palestra, foram discutidas questões práticas, como os próximos encontros e evento de dezembro em Assis, Saúde na Roda. Os profissionais presentes decidiram que haverá somente mais um encontro do Fórum esse ano, que já estava agendado na cidade de Canitar, no dia 14 de novembro, sobre o tema da Redução de Danos. Não haverá, portanto, Fórum nos meses de dezembro e janeiro, sendo o próximo em fevereiro, em data a ser agendada, provavelmente no município de Bernardino de Campos. Quanto ao evento Saúde na Roda que ocorrerá no início de dezembro, em Assis, os participantes do Fórum foram convidados a participarem da reunião de organização. Porém, como as mesmas ocorrem em Assis, o psicólogo Guilherme do CRAS de Ourinhos, se propôs a representar o Fórum quando nas datas das reuniões se ele for liberado de seu trabalho, e mais informações serão passadas a todos no próximo encontro do Fórum.
A palestra foi regida com o intuito de nos fazer refletir sobre qual a real necessidade dos medicamentos na vida humana, em especial em crianças com problemas de aprendizagem.
Podemos dizer, que em épocas atrás, o indivíduo era tido como um ser “universal”, sem individualização, sem contexto.  Eram usadas as tabelas, com demonstração de médias universais, dando então o parâmetro a seguir.
Mas, é preciso entender que somos um processo, não um produto.
É possível a escola, a família, o meio social favorecer o desenvolvimento de uma criança, e isto se dá através de condições para o lúdico, o imaginário, a curiosidade, expressão de sentimentos. Os profissionais, que estarão em contato com a criança, devem estudar o histórico de cada um.
Hoje a sociedade é urgente e competitiva, e a educação acompanha esse movimento. Um exemplo são as salas de aula, repleta de alunos, pais que precisam trabalhar, e não tem tempo para ficar com os filhos.
A população de hoje está convencida de que tudo pode ser químico: tratado com medicamentos, que as pessoas não têm mais que passar por sofrimentos e angústias, elaborando sua perda. Tudo pode ser tratado!
Pesquisas mostram que o Brasil, é o segundo maior consumidor de ritalina “a droga da obediência”. Este medicamento tem sido usado a pedido de professores, pais, que levam seus filhos em médicos, dizendo que eles realmente precisam de tratamento. Será que nossas crianças de hoje estão hiperativas, ou ativas? Temos que considerar que nossas crianças de hoje, recebem mais estímulos, aprendem mais cosias.
Então o que é preciso fazer? Escutar a criança, geralmente o problema não é só a criança, mas todo o contexto.  Elas podem apenas estar expressando conflitos do que estão vivenciando.
Após essa roda de conversa que proporcionou grandes reflexões, e da discussão sobre o tema proposto, houve o compartilhamento de um lanche oferecido pelo município de Santa Cruz do Rio Pardo.

Santa Cruz do Rio Pardo, 17 de outubro de 2012.



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