ENCONTRO DE OUTUBRO!
No dia dezessete de outubro de dois
mil e doze, foi realizado o encontro do Fórum Permanente Intersetorial de Saúde
Mental da Região de Ourinhos no município de Santa Cruz do Rio Pardo, com a
presença de mais de 30 pessoas e de representantes de oito dos doze municípios
da região do CGR de Ourinhos.
O tema abordado foi: medicalização
para a vida, ministrado pela Dra. Elizabeth Gelli. Participaram assistentes
sociais, psicólogos, conselheiros tutelares, farmacêuticos, além de outros
profissionais de diferentes setores.
Antes de a Professora convidada
iniciar a palestra, foram discutidas questões práticas, como os próximos
encontros e evento de dezembro em Assis, Saúde na Roda. Os profissionais
presentes decidiram que haverá somente mais um encontro do Fórum esse ano, que
já estava agendado na cidade de Canitar, no dia 14 de novembro, sobre o tema da
Redução de Danos. Não haverá, portanto, Fórum nos meses de dezembro e janeiro,
sendo o próximo em fevereiro, em data a ser agendada, provavelmente no
município de Bernardino de Campos. Quanto ao evento Saúde na Roda que ocorrerá
no início de dezembro, em Assis, os participantes do Fórum foram convidados a
participarem da reunião de organização. Porém, como as mesmas ocorrem em Assis,
o psicólogo Guilherme do CRAS de Ourinhos, se propôs a representar o Fórum
quando nas datas das reuniões se ele for liberado de seu trabalho, e mais
informações serão passadas a todos no próximo encontro do Fórum.
A palestra foi regida com o intuito de
nos fazer refletir sobre qual a real necessidade dos medicamentos na vida
humana, em especial em crianças com problemas de aprendizagem.
Podemos dizer, que em épocas atrás, o
indivíduo era tido como um ser “universal”, sem individualização, sem
contexto. Eram usadas as tabelas, com
demonstração de médias universais, dando então o parâmetro a seguir.
Mas, é preciso entender que somos um
processo, não um produto.
É possível a escola, a família, o meio
social favorecer o desenvolvimento de uma criança, e isto se dá através de
condições para o lúdico, o imaginário, a curiosidade, expressão de sentimentos.
Os profissionais, que estarão em contato com a criança, devem estudar o
histórico de cada um.
Hoje a sociedade é urgente e
competitiva, e a educação acompanha esse movimento. Um exemplo são as salas de
aula, repleta de alunos, pais que precisam trabalhar, e não tem tempo para
ficar com os filhos.
A população de hoje está convencida de
que tudo pode ser químico: tratado com medicamentos, que as pessoas não têm
mais que passar por sofrimentos e angústias, elaborando sua perda. Tudo pode
ser tratado!
Pesquisas mostram que o Brasil, é o
segundo maior consumidor de ritalina “a droga da obediência”. Este medicamento
tem sido usado a pedido de professores, pais, que levam seus filhos em médicos,
dizendo que eles realmente precisam de tratamento. Será que nossas crianças de
hoje estão hiperativas, ou ativas? Temos que considerar que nossas crianças de
hoje, recebem mais estímulos, aprendem mais cosias.
Então o que é preciso fazer? Escutar a
criança, geralmente o problema não é só a criança, mas todo o contexto. Elas podem apenas estar expressando conflitos
do que estão vivenciando.
Após essa roda de conversa que
proporcionou grandes reflexões, e da discussão sobre o tema proposto, houve o
compartilhamento de um lanche oferecido pelo município de Santa Cruz do Rio
Pardo.
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